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Vice Brasil | Por que as Pessoas que se Alimentam de Sobras Sofrem de Fome Invisível?

Entrevista para Carla Castellotti realizada em 2015 na qual abordo a discussão desenvolvida em minha dissertação de mestrado. Busco trazer para discussão uma perspectiva crítica e questionador acerca da relação entre sobras de alimentos, a vida daqueles que as consomem e o problema da fome no país.

"Para Lis, o mais importante é destacar a necessidade de todos terem acesso a uma comida boa. O conceito atual seria a garantia de alimentação de qualidade numa quantidade que possa prover os meios necessários da vida da população."

https://www.vice.com/pt/article/ypmxwv/por-que-as-pessoas-que-se-alimentam-de-sobras-sofrem-de-fome-invisvel

Yahoo Notícias | Famintos voltam a ser invisíveis para o governo com agravamento da crise do coronavírus

Entrevista para Jéssica Cruz realizada em 2020 na qual abordo a discussão desenvolvida em minha tese de doutorado sobre o enquadramento da fome nas políticas públicas brasileiras em relação ao cenário atual da pandemia de COVID-19.

Carolina Maria de Jesus, autora do livro “Quarto de Despejo”, best-seller nos anos 1960, dizia que a fome tinha cor: ela era amarela. A antropóloga Lis Furlani Blanco, doutoranda da Unicamp que estuda as definições do conceito de fome, relembra que a fome passou a ser vista como um problema humanitário após a Segunda Guerra Mundial, quando os prisioneiros dos campos de concentração foram libertos. “A ideia de fome passou a ser corporificada naqueles corpos magros, na pessoa esquálida”, explica Blanco.

https://br.noticias.yahoo.com/famintos-voltam-a-ser-invisiveis-para-o-governo-com-agravamento-da-crise-do-coronavirus-070023793.html

Blog Travessias | Em meio a pandemia, fome volta para a mesa dos brasileiros

Entrevista para Mariana Lima realizada em 2020 na qual abordo a discussão desenvolvida em minha tese de doutorado sobre o enquadramento da fome nas políticas públicas brasileiras em relação ao cenário atual da pandemia de COVID-19.

Para Lis Furlani Blanco, doutoranda na Unicamp e pesquisadora da área de Antropologia das Políticas Públicas e Alimentação, a Pesquisa de Orçamento Familiar no Brasil (POF) de 2017-2018, que aplicou a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), constrói um panorama mais amplo da fome no país.O estudo revelou que 37% dos domicílios no Brasil estavam com algum grau de insegurança alimentar e que a insegurança alimentar grave era a realidade de 5% dos lares do país.“São famílias que não têm garantido um direito previsto da Constituição Federal que diz respeito à alimentação adequada, tanto num sentido quantitativo quanto qualitativo. Talvez devêssemos pensar que não só o Brasil voltou ao Mapa da Fome, como na verdade, ele nunca saiu”, argumenta.

https://www.travessia.org.br/19-102020-em-meio-a-pandemia-fome-volta-para-a-mesa-dos-brasileiros.html

Mídia Ninja | Pandemia, fome e solidariedade nas ruas de São Paulo

Entrevista para Melina Flynn com fotos de Rafael Vilela sobre a fome na cidade de São Paulo.

Para a antropóloga Lis Furlani Blanco, doutoranda da Unicamp que estuda as definições do conceito de fome, a fome endêmica nunca deixou de existir no Brasil e no mundo, já que é resultado de processos sócio-econômicos estruturais.“Fome é um processo. Vai desde o risco de fome e a preocupação que esse risco causa nas famílias até o momento de privação de alimento. Inclui mudança nos hábitos alimentares e consumo de alimentos hipercalóricos e pouco nutritivos mas que tem preços mais acessíveis, alimentação através de sobras de comida, impossibilidade de escolha alimentar, consumo de um só tipo de alimento por muitos dias, redução da quantidade de alimentos e também da variedade”, explica.

https://midianinja.org/news/pandemia-fome-e-solidariedade-nas-ruas-de-sao-paulo/

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